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5 coisas que podemos aprender com a educação na Finlândia

Alunos que não se preocupam com notas, que não têm pesadelos antes das provas, que não odeiam estudar e que não desejam crescer para se livrarem dos deveres de casa: até parece um sonho, não é mesmo? Mas para a educação na Finlândia isso não só é possível, como é a realidade.

Não tem como falar em educação sem mencionar o país nórdico que é dono do sistema educacional mais ovacionado do mundo.

Atualmente, a educação na Finlândia é compulsória dos 7 aos 16 anos e se destaca pelos seus princípios de igualdade, gratuidade, individualidade e educação prática. As escolas focam apenas no que é útil para a vida: confiança, voluntarismo e autonomia.

Além disso, a educação finlandesa considera a educação infantil o período que dá o direcionamento para os anos futuros, onde se pode identificar os desafios de aprendizagem e intervir antes que as dificuldades cresçam.

Estamos falando de escolas públicas, afinal, atualmente, são poucas as escolas privadas na Finlândia. E as que são particulares não se destacam pela qualidade, mas sim pelo ritmo mais pesado e por seguirem um modelo pedagógico específico.

Mas como a educação na Finlândia chegou ao patamar em que se encontra nos dias de hoje? Conheça um pouco de sua história a seguir!

História da Educação na Finlândia

A Finlândia está localizada entre a Rússia e a Suécia no mapa, porém, mais do que a extensa fronteira, o país compartilha séculos de história com suas vizinhas. E apenas em 1917 obteve sua independência, após 800 anos sob o domínio sueco, e mais 100 sob o domínio russo.

Durante o período em que fazia parte da Suécia, quem tinha interesse em se casar na igreja e ser reconhecido pela sociedade, precisava saber ler. A leitura era imprescindível para ser aceito. Mesmo assim, antes dos anos 70, apenas 20% dos finlandeses completava o ciclo básico. Foi quando houve uma grande revolução no sistema educacional do país, que proporcionou, em apenas 20 anos, reverter significativamente esse quadro.

No antigo sistema, só a educação primária de 6 anos era gratuita. Em 1970, no entanto, a educação básica passou a ser gratuita e compulsória, com 9 anos de escolaridade e funcionamento diário das 8 às 15 horas. Transporte, refeição e material escolar também passaram a ser fornecidos gratuitamente nos primeiros 9 anos de estudos. Desde então, a educação é parte fundamental da cultura finlandesa.

Cenários da educação na Finlândia e no Brasil

Quando comparada ao sistema brasileiro de educação, a principal diferença é a presença em massa de escolas privadas, visto que na Finlândia é raro encontrar ensino particular.

Na Finlândia há mais intervalos — cerca de 15 minutos após cada aula — e as aulas não começam tão cedo quanto no Brasil. Ainda, no sistema educacional finlandês, há muita valorização do aprendizado de novas línguas, onde os alunos podem escolher um outro idioma para aprenderem, além do finlandês e sueco — que são as línguas oficiais.

Nas escolas finlandesas, o estudante tem a oportunidade de se aprofundar nas disciplinas que prefere desde o ensino regular. Recentemente, foi sancionada uma lei que traz uma possibilidade semelhante para o ensino médio no Brasil.

Entretanto, enquanto os brasileiros têm medo de que os jovens não tenham poder real de escolha, na Finlândia os alunos são acompanhados por conselheiros desde a educação infantil, que os ajudam nas escolhas das matérias e no processo de descoberta de qual profissão seguir.

A Finlândia conserva a cultura de valorização e investimento durante toda a formação escolar e acadêmica dos alunos, em contrapartida, o Brasil está entre os países que menos gastam com o ensino primário.

5 aspectos para o Brasil se espelhar

1. Valorização do professor

No país nórdico, os professores são muito bem preparados — precisam de graduação, mestrado e treinamento específico — e a carreira é uma das mais populares e valorizadas.

Os finlandeses dão total confiança ao profissional para fazer seu trabalho do jeito que julgar melhor, sem supervisionamento. A capacitação prática, o salário equivalente às responsabilidades e as boas condições de trabalho são fatores que motivam os professores. Além disso, são eles quem dão a palavra final dentro da sala de aula.

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2. Respeito às diferenças

A educação na Finlândia entende que toda pessoa é única e que cada aluno possui suas próprias facilidades e dificuldades. Por isso, é comum diferentes tipos de atividades, quantidades de deveres e modos de avaliação.

Além da formação padrão fornecida, há duas peculiaridades no ensino finlandês:

  • apoio acadêmico a alunos retardatários: uma espécie de professor particular ou reforço escolar — mas é raro, pois os professores finlandeses ajudam voluntariamente seus alunos, dentro ou fora do período de aula;
  • educação corretiva: suporte para compreender o material didático escrito na língua suomi, mas também é uma iniciativa para apoiar alunos com problemas de memória e socialização.

Há mais empatia nessa forma de estudo, evitando o estresse e, consequentemente, a reprovação.

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3. Igualdade e gratuidade

Todas as escolas oferecem ensino de qualidade e gratuito. O padrão de ensino é o mesmo em todas as unidades, equalizando as oportunidades. Não há uma escola melhor que a outra, tampouco alunos “bons” ou “ruins”. É proibido qualquer tipo de comparação. Quase não há diferença de desempenho entre os alunos finlandeses, graças a uma cultura esforçada em integrar pessoas que necessitam de atenção especial.

Ademais, como já mencionado, é gratuita também a alimentação, as visitas a museus e atividades extras, transporte e materiais didáticos, como livros e computadores.

4. Valorização das artes

Na Finlândia, o aluno é levado a pensar e debater, enquanto desenvolve competências que proporcionam sua autonomia. Porém, diferente do Brasil, há genuíno empenho em formar pessoas inovadoras e comunicativas.

Por isso, nas escolas é aprendido Matemática, Física e Química, e, também, música e artes. Não há espaço para alunos passivos, que não interagem e só estudam quando cobrados.

5. Menos provas, mais utilidade

Para os finlandeses, entre preparar o estudante para a prova ou para a vida, eles preferem a segunda opção. Isso fica bem claro se considerarmos um dos seus princípios: a educação prática.

Dificilmente há provas nas escolas da Finlândia. E, quando há, pouco interfere na avaliação dos professores e nota final. Portanto, você jamais ouvirá falar de um finlandês estudando desesperadamente para uma prova, pois na escola é mais importante ensinar o que é, de fato, útil para a sua vida.

Por exemplo: desde crianças, as pessoas já sabem o que é talão de cheques, contrato, portfólio, renda pessoal e cálculo de impostos. Interessante, não?

Não é para menos que a Educação na Finlândia é a melhor do mundo! Os finlandeses entendem que é nas salas de aula que as verdadeiras mudanças acontecem para um futuro melhor.

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