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7 dimensões da qualidade na Educação

Você está a par das dimensões da Qualidade na Educação? O governo federal, em parceria com a Unicef, Inep, Ministério da Educação, Ação Educativa e UNDP definiu nesse documento 7 indicadores por meio das quais se possa avaliar diferentes aspectos da qualidade de uma escola de maneira ampla e levando em conta as especificidades de cada instituição de ensino.

Neste post, vamos explicar a você cada uma dessas dimensões, descrevendo seus principais objetivos e dando dicas para que sejam colocadas em prática em sua escola. Acompanhe!

1. Ambiente educativo

Essa dimensão reafirma a necessidade de se pensar na escola como um espaço para aquisição dos saberes, para a socialização e para a convivência com a diversidade.

É nesse lugar especial que o aluno adquire noções de cidadania, solidariedade e cristaliza valores por meio da orientação dos profissionais da educação. Para isso, esse indicador propõe que o gestor busque criar um ambiente na escola favorável à alegria, respeito, tolerância e disciplina.

2. Prática pedagógica e avaliação

Aqui, enfatiza-se que a prática pedagógica do professor deve objetivar o desenvolvimento e a autonomia dos educandos. Para isso, é preciso acompanhá-los de perto e, de fato, conhecê-los em suas potencialidades e dificuldades.

Outro aspecto abordado é a necessidade de se levar em conta, no dia a dia da sala de aula, o fato de que a informação está em toda parte e os alunos têm acesso a essa torrente de notícias cotidianamente.

Por essa razão, o professor deve sempre partir do conhecimento prévio do aluno para pensar a sua aula, partindo do que eles já sabem e indo em direção dos conhecimentos que ainda precisam adquirir. Esse é o grande desafio de ensinar na Era Digital.

Outra questão abordada nessa dimensão é a necessidade de que façam avaliações iniciais (diagnósticas) para mensurar o desenvolvimento do aluno e ver quais melhorias terão que ser implementadas na prática pedagógica do professor para corrigir defasagens e avançar.

Também em relação à avaliação, orienta-se que seja um processo contínuo e não apenas centrado nas provas.

Por isso, o professor deve levar em conta os múltiplos aspectos do desenvolvimento do aluno em sua avaliação e não apenas o desempenho acadêmico. Questões como comportamento, postura e comprometimento precisam ser contempladas na avaliação do professor.

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3. Ensino e aprendizagem da leitura e da escrita

A leitura e a escrita são bases para o exercício da cidadania e as portas de entrada para o mundo do conhecimento. Essa dimensão postula a necessidade de a criança ter contato com diferentes tipologias textuais durante o início do processo de alfabetização, ouvido histórias e observando adultos que leem.

Aqui, indica-se que a escola tenha proposta pedagógica definida para que o professor nela se norteie na elaboração de atividades e avaliações adequadas a cada série nesse processo. Também é salientado que os pais conheçam a proposta e que acompanhem o progresso do aluno segundo essas diretrizes.

Ressalta-se também que a equipe de gestores da escola precisa estar a par do progresso dos alunos para avaliar resultados e, eventualmente, compará-los com os obtidos em outras instituições.

Vista como um processo contínuo, a aquisição das competências de leitura e escrita precisam seguir uma lógica de progressão a cada ano, segundo a qual o aluno vai se aprimorando gradativamente e conseguindo fruir textos cada vez mais complexos.

O bom uso da biblioteca por professores e alunos também é reiterado nessa dimensão. A escola precisa zelar pelo espaço e cuidar do acervo. Diante da realidade tecnológica atual, enfatiza-se também a importância de a biblioteca disponibilizar recursos de informática, como computador com acesso à internet, aos alunos.

4. Gestão escolar democrática

A dimensão da gestão escolar democrática bate na tecla do acompanhamento da qualidade da educação ofertada na escola.

Além disso, ressalta a importância do compartilhamento de decisões com a comunidade escolar, bem como a busca pela maior transparência em relação aos gastos.

Para garantir a representatividade de pais, professores, alunos e servidores da escola, conselhos escolares devem ser criados para que esses entes participem ativamente da gestão.

O gestor que visa a administração democrática da escola deve zelar pelo acolhimento de todos, preocupando-se, sobretudo, com as taxas de evasão escolar. Em caso de números elevados, a direção deverá verificar as práticas pedagógicas em curso e, se for o caso, propor a implementação de atividades mais atrativas para que os alunos permaneçam na escola.

Essa quarta dimensão do documento também salienta que a presença dos pais e colaboradores na escola deve ser sentida em festas e eventos culturais ou comemorativos promovidos pela escola.

A gestão democrática, segundo postulado, deve estender-se para além da escola. O gestor precisa buscar parcerias com ONGs, postos de saúde, bibliotecas, universidades e museus para implementar ações que beneficiem diretamente os alunos.

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5. Formação e condições de trabalho dos profissionais da escola

Como propõe essa dimensão, para alcançar os objetivos traçados no projeto pedagógico da escola, o gestor precisa da colaboração de todos os profissionais nela atuantes. Desde o professor, responsável pela transposição didática (intermediando a relação do aluno com o conhecimento), até os profissionais de zeladoria do prédio.

Todos esses profissionais têm responsabilidade sobre a educação do aluno, pois o processo de aprendizagem não se encerra na sala de aula. O aluno aprende com a vivência e a observação de atitudes de respeito e solidariedade no cotidiano escolar.

Por isso, é importante investir na formação continuada dos profissionais, buscando parcerias com instituições de ensino públicas e/ou privadas.

Outros fatores também têm grande influência na qualidade desse processo educativo, tais como: estabilidade do corpo docente, salários justos e condições de trabalho adequadas, além de garantir que o número de funcionários disponíveis atenda bem à demanda dos alunos.

6. Espaço físico escolar

Uma escola tem que ter jardim, plantas e flores. Esse sexto indicador aponta a necessidade de um ambiente escolar arejado, bem cuidado, florido e equipado para atender os alunos.

Para zelar pela manutenção desse ambiente, o gestor precisa:

  • Aproveitar os recursos disponíveis: cuidar do equipamento e da infraestrutura que se tem, aproveitando ao máximo esses recursos.
  • Cuidar para que no prédio haja condições físicas adequadas para que as atividades com os alunos possam ser desenvolvidas com qualidade, como: zelar pela manutenção da quadra de esportes e dos espaços amplos para aulas ao ar livre.
  • Obter recursos de qualidade (ou seja, equipamentos eletrônicos modernos, bem configurados e disponíveis ao uso, itens de qualidade para a prática de esportes, etc.)

 

7. Acesso, permanência e sucesso na escola

O mais importante desafio da educação no Brasil é manter as crianças na escola e cuidar para que concluam os níveis de ensino consolidando os conhecimentos necessários e com a idade adequada.

Essa última dimensão indica que para uma boa gestão é imprescindível o acesso a informações precisas sobre os alunos com maior dificuldade de aprendizado, sobre quem são os infrequentes e sobre quem são os evadidos para que se possa traçar estratégias para trazer esses alunos de volta às aulas.

É preciso conhecer a realidade desses alunos e entender os motivos pelos quais abandonaram a escola ou frequentemente não comparecem às aulas. Como a escola precisa oferecer oportunidades de aprendizado a todos, esses alunos também precisam ser alcançados.

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