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Como lidar com a falta de materiais nas escolas públicas?

Para desempenhar seu papel de ensinar, os professores se deparam, constantemente, com situações difíceis de contornar. A formação é deficitária, a estrutura não é das melhores, o Estado, muitas vezes, deixa de cumprir com suas responsabilidades, não há participação ativa de várias famílias, além da falta de materiais nas escolas.

É um conjunto de fatores que influencia, diretamente, na qualidade das aulas e, em consequência, no aprendizado dos alunos.

Muitas vezes, o professor quer fazer uma atividade diferente, porém os recursos são escassos e o profissional acaba desanimando. Tem aqueles ainda que, com o objetivo de tirar seus projetos do papel e engajar mais os alunos nas aulas, compram materiais com seu próprio dinheiro.

Se tratando de equipamentos eletrônicos, como os projetores, muitas vezes eles existem nas escolas, mas seu uso é tão concorrido que o professor resolve, por fim, se ater aos livros didáticos e ao quadro negro.

Segundo pesquisa realizada com gestores de escolas municipais de SP, mesmo quando os insumos são fornecidos, eles são insuficientes ou inadequados. Além de as escolas não participarem das decisões de compra, o que acarreta em envios que não competem com a realidade, os materiais, na maioria das vezes, são de baixa qualidade.

Lápis que quebram a ponta fácil, massinha de modelar que endurece em um curto espaço de tempo e pouca variedade de tintas e papéis. Isso, quando o envio dos materiais não atrasa. 

Cabe, aos gestores e professores, driblar esses obstáculos com soluções criativas. Por isso, trouxemos nesse texto, algumas dicas para enfrentar a falta de materiais nas escolas e, de bônus, adquirir atitudes mais sustentáveis. Vem com a gente!

Dicas para lidar com a falta de materiais nas escolas de forma criativa

Economize papéis

E se houvesse uma solução para diminuir a quantidade de papéis gasto com lançamento de notas, frequências, criação de plano de ensino e de aulas?

Além de a escola economizar com papel, o tempo do professor utilizado em tarefas administrativas diminuiria consideravelmente. O que faria com que houvesse maior tempo disponível para investir em aulas mais interessantes.

Uma solução, como essa, já existe no mercado. O investimento em um software de gestão escolar pagaria, em um curto prazo, o alto custo com os papéis e com o tempo desperdiçado do professor. 

Vale destacar que, com a contratação de um software livre, como o i-Educar, a secretaria teria a liberdade de contratar um prestador de serviços para dar suporte na sua implantação e uso, e poderia trocar esse prestador a qualquer momento, sem deixar de usar o software. Desta forma, não existiria o aprisionamento ao proprietário do sistema, além de não ter que pagar caro pelas licenças de uso. 

i-Educar: software para gestão de escolas municipais.

Porém, enquanto os papéis ainda forem utilizados na sua escola, procure reutilizar as folhas, reaproveitando o seu verso para rascunho, por exemplo.

Aproveite as tecnologias

Se você não consegue exibir um filme por falta de projetor, TV ou indisponibilidade de recursos para adquiri-lo, por que não, pedir para que os alunos produzam seus próprios vídeos? Além de ser mais prático e barato, eles deixarão o papel de meros receptores para produtores de conteúdo.

Hoje, muitos alunos têm smartphones. Com eles, é possível capturar imagens, vídeos e, inclusive, fazer a edição dessas mídias com softwares gratuitos como, o Quick, Adobe Premiere Clip e Movie Maker FilmMaker.

E por falar em tecnologia, jogos digitais educativos são, também, ótimos para engajar a garotada e, o melhor, existem vários gratuitos e possíveis de serem utilizados no modo off-line.

O PHET é um exemplo. Neste site, os alunos e professores podem realizar simulações que envolvam conteúdos das disciplinas de Biologia, Química, Física, Matemática e Ciências da Terra.

Reutilize materiais

Alguns materiais que costumam ir para o lixo podem ser reaproveitados pelas escolas. Exemplos são, sobras de materiais de construção, como canos e pedaços de madeira, retalhos de tecidos descartados por fábricas de costura e potes de iogurte.

Esses materiais podem ser utilizados tanto em trabalhos de Artes, como nos de Ciências. O pote de iogurte, por exemplo, é uma ótima alternativa ao béquer, aquele recipiente de vidro utilizado nos laboratórios. Além de mais baratos, são mais seguros para os alunos manipularem.

Crie tintas com terra

Você sabia que é possível criar tinta com terra? Incrível, não é mesmo? Além de ser sustentável, é fácil e não requer grandes investimentos para fazê-la.

Nas aulas de Química, por exemplo, o processo pode ser utilizado, inclusive, para ilustrar alguns conteúdos. A primeira etapa é coletar a argila em áreas degradadas e, depois, produzir a tinta no laboratório. 

Se ficou curioso, confira mais detalhes sobre essa ideia fantástica nesta matéria.

Organize excursões gratuitas

Normalmente, museus, jardins a céu aberto e observatórios oferecem tickets gratuitos para as escolas. Alguns possuem, inclusive, visita guiada com lanches gratuitos para os alunos e professores.

Porém, atente-se à agenda desses lugares e reserve com antecedência, pois costumam estar sempre cheios.

Promova uma feira de doações de livros para a escola

Muitas vezes, a comunidade possui estoque de livros e apostilas parado em casa, sendo que poderia ser melhor aproveitado pelos alunos na escola. A ideia é criar uma feira, em que as pessoas doem esses materiais para a instituição de ensino. Essa é uma forma de abastecer a biblioteca de forma gratuita e, o melhor, envolvendo toda a comunidade escolar.

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E então? Gostou das dicas para lidar com a falta de materiais nas escolas? Tem algo que você faz e que não mencionamos aqui? Conta para nós a sua experiência, será um prazer ouvi-lo!

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    Portábilis

    A startup de tecnologia que ajuda os governos municipais a superarem a falta de informação através de soluções inteligentes, para aumentar o impacto das políticas públicas de educação e assistência social, focando em transformações sociais e a garantia do acesso de todos os brasileiros aos seus direitos.

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