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Gestor escolar: entenda o perfil desse profissional

Em 2019, a maior pesquisa educacional do Brasil, realizada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) e elaborada através dos dados do Censo Escolar, trouxe, pela primeira vez, informações sobre o perfil do gestor escolar brasileiro.

A pesquisa, que só é possível por conta dos dados do Educacenso alimentados por funcionários das redes de ensino, traz informações sobre 48,8 milhões de estudantes de escolas públicas e privadas do País – incluindo educação especial, profissional e de jovens e adultos –, além dos dados de mais de 2 milhões de professores, matrículas, escolas, reprovação, evasão, dentre outros aspectos.

O levantamento estatístico, realizado a cada ano, traz sempre uma inovação. E, dessa vez, entregou um estudo inédito sobre o perfil dos profissionais responsáveis pela gestão das escolas do País.

Nesse texto, traremos os resultados dessa pesquisa, além das características consideradas fundamentais para um bom gestor escolar. Continue com a gente!

O perfil do gestor escolar no Brasil

Os números do estudo comprovaram o que as pessoas costumam dizer sobre a educação ser predominantemente feminina:

80% dos gestores escolares do país são mulheres. Sendo que, desse total, 86% são diretoras e 14% estão em outros cargos de gestão.

Na tabela abaixo, você consegue visualizar o número de diretoras e diretores por dependência administrativa e sexo:

 

Fonte: INEP

 

Da mesma forma, a coordenação das secretarias municipais e estaduais de educação são, geralmente, lideradas por mulheres. Para você ter uma ideia, dentre as 27 coordenações estaduais, 14 delas são do sexo feminino.

Quando falamos da coordenação e produção do Censo Escolar, o cenário também é bem parecido:

  • Nas capitais do País, 19 dos 27 coordenadores do Censo são mulheres; 
  • A coordenadora-geral do Censo é uma mulher, sendo que sua equipe tem a maioria feminina.

 

No quesito qualificação, podemos perceber que houve uma leve melhora segundo os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2019, pois o número de gestores escolares municipais com pós-graduação subiu de 65,2%, em 2014, para 69,6% em 2018.

Outro indicador positivo foi a queda na indicação política de diretores de escolas municipais. Em 2014, a nomeação ocorria em 74,4% dos casos e, em 2018, esse número caiu para 69,5%. Vale destacar que o estado de SP foi o único que selecionou todos os seus diretores escolares através de concurso público. 

Características para ser um bom gestor escolar

Nem todas as pessoas têm perfil ou estão preparadas para ser gestor escolar. Além dos desafios do dia a dia de uma escola, como no caso de ter que lidar com conflitos e articular os interesses de alunos, pais e professores, é preciso planejar, inovar e tomar decisões estratégicas.

Por isso, trouxemos as características fundamentais para ser um bom gestor escolar. Veja abaixo:

Capacidade de planejar

A maioria das pessoas quer botar a mão na massa e fazer o que precisa ser feito. Isso pode até simbolizar alguém de atitude, porém, execução sem planejamento é sinônimo de dor de cabeça e retrabalho futuro.

Por isso, o gestor escolar precisa se organizar e ter paciência, pois os frutos de um bom trabalho, muitas vezes, demoram a aparecer. Porém, alicerçados por um bom planejamento, são garantia de sucesso.

Um Projeto Político-Pedagógico bem elaborado e executado fará com que o trabalho do gestor escolar seja reconhecido e sempre renda bons frutos.

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Visionário

Um bom gestor escolar precisa ter visão de futuro, ir além dos muros da escola e procurar conhecer, por exemplo, iniciativas educacionais que têm gerado bons resultados ao redor do mundo, como no caso das metodologias ativas de aprendizagem.

Precisa, da mesma forma, buscar professores que também sejam visionários e que saiam do óbvio. Para que os alunos se interessem pelas aulas e aprendam, os professores devem ser motivados a criarem aulas mais atrativas.

Inovador

A inovação não acontece apenas pelo uso da tecnologia, mas precisamos admitir que ela é um meio efetivo de aperfeiçoarmos o ensino e a aprendizagem.

Por isso, o gestor escolar não tem mais como fugir da inovação tecnológica. Tanto na sala de aula, quanto na gestão, ela se tornou fundamental quando falamos de Educação 4.0.

O gestor deve aprender, por exemplo, sobre como a Internet das Coisas (IoT) pode trazer mudanças positivas para a sua escola e, também, como um sistema de gestão escolar ajuda a diminuir a burocracia e libera tempo para os professores criarem aulas mais atrativas.

Em resumo, esse profissional deve ficar ligado no que está acontecendo ao redor do mundo em termos de tecnologia para a educação e em como aplicar essas inovações em sua escola. 

Estratégico

Um gestor escolar estratégico é guiado por metas, prazos e indicadores. Abandona os achismos e se norteia por evidências.

Além disso, consegue lidar com os desafios do dia a dia sem comprometer os objetivos de ensino e aprendizagem planejados para sua escola.

Ter boa comunicação

Um bom gestor escolar se comunica de forma clara e objetiva para evitar ruídos, dúvidas e conflitos desnecessários. Possui tato social, lida bem com as pessoas, as motiva, fecha parcerias e, sempre que possível, soluciona problemas.

Uma dica para manter uma boa comunicação com a comunidade escolar é disponibilizar um canal de comunicação de fácil acesso a todos, como um e-mail ou WhatsApp.

Saber lidar com conflitos

Lidar com conflitos é uma das tarefas mais árduas e recorrentes de um gestor escolar. Resolver divergências entre alunos, professores e pais requer habilidades que nem todos possuem.

Saber o que fazer nessas situações e resolvê-las, sem prejudicar o processo de ensino e aprendizagem e o andamento da escola, é uma das mais importantes características para se tornar um bom gestor escolar.

Conheça o i-Educar

Com o i-Educar – software de gestão escolar para rede municipal – gestoras(es) escolares, a equipe da Secretaria de Educação do município e professoras(es) se beneficiam de uma gestão guiada por dados pedagógicos. 

As/os profissionais da educação ganham tempo em atividades burocráticas, como lançar notas, calcular médias e inserir a frequência nas aulas. Assim, sobra mais tempo para planejar aulas criativas e focar na aprendizagem! 

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