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O que é Educação 4.0 e o que trará de mudanças para as escolas?

A tecnologia revolucionou a sociedade, sua forma de pensar e agir. Mais do que uma ferramenta de trabalho, ela se tornou uma agente de transformação. Por isso, hoje se fala em Educação 4.0, que trata das mudanças promovidas pela tecnologia na experiência de aprendizagem.

Por meio de recursos como, Inteligência Artificial (IA) e Internet das Coisas (IoT), a Educação 4.0 propõe um maior aprendizado dos alunos através da cultura maker, ou seja, mediante experimentações, projetos e mão na massa.

Além disso, traz uma abordagem de ensino personalizável, conforme ritmo e preferências do aluno. Com a coleta e análise dos dados dos estudantes, seria possível identificar, por exemplo, seus interesses e dificuldades, permitindo, ao professor, criar estratégias pedagógicas individuais.

Perceba que, na Educação 4.0, a tecnologia deixa de ser uma simples ferramenta de trabalho para se tornar um recurso que contribui, diretamente, na melhoria da aprendizagem. 

Além da personalização, promete trazer maior ludicidade, interação e coletividade às aulas. Mudanças essas, fundamentais para o desenvolvimento das competências e habilidades descritas na Base Nacional Curricular Comum (BNCC).

Sabemos que muitas das profissões que existem hoje, deixarão de existir em um curto espaço de tempo. Por isso, a escola tem um papel importante ao ensinar as crianças e adolescentes como buscarem conhecimento ao longo de suas vidas, sem depender, exclusivamente, da sala de aula. 

Portanto, a Educação 4.0, por mais que esteja só começando, veio para ficar e para transformar escolas, métodos de ensino e, em consequência, a aprendizagem. 

O que muda para as escolas com a Educação 4.0?

A maioria de nós interage, diariamente, com inúmeras ferramentas tecnológicas. Já fazem parte de nossa rotina e não nos imaginamos mais sem elas. Acontece que, nas escolas, esse fato, infelizmente, não é uma realidade.

A sociedade mudou por influência da tecnologia. Grande parte dos estudantes nasceu na era digital. Por que a escola continua com os moldes tradicionais de ensino, ou seja, com muitos processos desenvolvidos, ainda, de forma analógica? 

A inovação tecnológica, por meio de equipamentos e softwares modernos, é importante, mas devemos lembrar que precisa estar aliada, também, a uma inovação didática. A utilização de jogos, vídeos e aplicativos, por exemplo, traz dinâmica às aulas, porém, a estratégia pedagógica por trás dessas atividades não deve ser esquecida.

De nada adianta investir alto em tecnologia, se o ensino continuar, como dizia Paulo Freire, semelhante a uma educação bancária, ou seja, os alunos como simples repositórios de conteúdo. 

As metodologias ativas, por exemplo, são uma aposta na era da Educação 4.0. Nesse tipo de abordagem, os estudantes se tornam ativos na construção de seu conhecimento. Ao fazer com suas próprias mãos, por meio de projetos, investigações e resolução de problemas, os alunos se tornam protagonistas de seu aprendizado, levando essa capacidade ao longo de suas vidas.

Outros exemplos de mudanças que a Educação 4.0 promete trazer são a forma de avaliação, em que o aluno será avaliado conforme seu desenvolvimento nos temas que possui maior interesse, e o registro de presença, que não será mais relevante, considerando que o aprendizado pode acontecer tanto dentro, quanto fora da escola.

Benefícios

O principal objetivo do ensino é o aprendizado. Porém, sabemos que muitos alunos saem da escola sem ter o mínimo de conhecimento desejado, por exemplo, em português e matemática. 

É urgente a renovação dos métodos de ensino. Para aprenderem, os alunos precisam estar engajados. E é através de uma revolução, como na Educação 4.0, que essas mudanças são viabilizadas.

Vale destacar que a inovação deverá ser, também, na gestão escolar. O professor, hoje, está sobrecarregado para pensar em novas formas de dar aula. Por meio da automatização de processos, que hoje são manuais, e também, através da análise dos dados dos alunos, os gestores e professores terão as informações que precisam para fazer com que essas modificações dêem certo.

Com isso, será possível direcionar às aulas a um formato mais prático e próximo da realidade dos estudantes.

Desafios

Como a Educação 4.0 é nova, precisará de um tempo para ser colocada em prática. A infraestrutura das escolas deve ser melhorada, os professores precisarão de capacitação, além da capacidade de inovação dos gestores para criar um modelo, como esse, do zero.

Para que haja investimento público, deve haver uma percepção de que essas mudanças trarão muito mais benefícios do que custos.

Considerando que, no Brasil, a infraestrutura é deficiente, as ferramentas tecnológicas precisariam ser estruturadas para funcionarem, também, off-line. O que contribuiria para agilizar as mudanças propostas pela Educação 4.0.

O professor terá que ter maior domínio do uso de tecnologias como, computadores, tablets, smartphones, dispositivos e aplicativos diversos. Inclusive, saber analisar dados e tomar decisões com base nessas informações.

A aplicação de metodologias ativas nas aulas também é importante. O aluno precisa se tornar ativo na construção de seu aprendizado. Desta forma, o professor deverá se tornar, simplesmente, um mediador do conhecimento. 

Como você observou ao longo do texto, a Educação 4.0 ainda está muito no campo da teoria. A verdade é que não foi e nem será construído um modelo a ser seguido. A ideia é, justamente, que todos colaborem e, muitos, se tornem exemplo de como botar essas inovações em prática. 

Acontece que não dá para esperar sentado. Precisamos pensar, em conjunto, soluções para modernizar o ensino, que há um tempo está desatualizado em relação às demandas da sociedade. Um excelente ponto de partida são as orientações da BNCC. Afinal, a Educação 4.0 está alinhada com o que o documento oficial pretende modificar no ensino/aprendizagem.

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Blog da Portabilis

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