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Reprovação escolar: conheça 5 maneiras de diminuir essa taxa

O Brasil é um dos países com o maior índice de reprovação escolar do mundo. 

Países referência em educação, como o Japão e a Finlândia, conseguem alcançar a casa dos dois por cento da taxa, enquanto que em nosso país a reprovação dos alunos beira aos oito por cento. Mesmo que não haja um consenso entre os professores, sobre a efetividade dessa prática, ela existe e precisamos conviver com ela, ou melhor, precisamos diminuí-la o máximo que pudermos.

Uma das maneiras que os japoneses encontraram de diminuir esse índice, é a avaliação dos professores por uma comissão, quando reprovam mais de três por cento de seus alunos. 

Mas, longe de apelar para medidas drásticas como esta, separamos aqui, cinco dicas para diminuir essa taxa e ainda, colaborar para o aumento da motivação e da aprendizagem dos alunos. Vamos lá?

1- Promova estratégias inclusivas

Sabemos que o sistema de avaliação por meritocracia acaba prejudicando alunos que, muitas vezes, possuem desafios de aprendizagem que vão além da sala de aula, decorrentes da exposição à situação de vulnerabilidade e risco social que acabam decorrendo na reprovação escolar.

Por vezes, essas crianças ou adolescentes não se alimentam como deveriam ou vivem em um ambiente hostil. Como avaliá-las igual aos demais alunos que não possuem a mesma realidade? 

Promova a equivalência de oportunidades, através de estratégias inclusivas, desenvolvendo atividades e modos de avaliação que respeitem as diferenças de aprendizado de cada aluno.

Esta é uma das práticas que podemos aprender com a educação na Finlândia. Ao praticar a empatia, é possível diminuir a reprovação e aumentar a motivação de aprender.

2- Crie um sistema de monitoria

O sistema de monitoria pode ser criado de três formas:

Aluno-aluno

Escolha os alunos que têm melhor desempenho em determinada disciplina, para apoiar os alunos com maior dificuldade. 

Geralmente os alunos com maior facilidade, finalizam as atividades em um curto espaço de tempo, em detrimento de um maior tempo dentre os demais colegas. Além do benefício do apoio prestado, a sala inteira manterá o foco nas atividades propostas, sem correr o risco de dispersão dos que não concluíram os trabalhos.

Professor-aluno

Dependendo da estrutura fornecida pela escola e da disponibilidade do professor, combine um horário alternativo às aulas, para que haja uma explicação focada nos conteúdos de maior dificuldade do aluno.

Professor-aluno-aluno

O professor pode orientar alguns alunos para que eles prestem mentoria a seus colegas, assim, pode haver o acompanhamento do professor, sem que seja em tempo integral, resultando em uma gestão escolar mais participativa.

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3- Prepare o aluno para a vida, não para a prova

Mudar o foco de “passar de ano” para “aprender para a vida”, seria o melhor dos mundos, certo?

Sabemos que a burocracia do formato de ensino que temos hoje, não deixa o professor livre para focar apenas no aprendizado. No compromisso de entregar o número de notas que faltam para fechar o período e entregar a média final, a educação para o que realmente importa, acaba, muitas vezes, sendo ofuscada.

Uma solução para inovar nas avaliações e tirar o peso que o desempenho por notas possui, é a avaliação mediadora, em que é possível diagnosticar o que o aluno aprendeu fazendo perguntas com respostas discursivas, essa é uma maneira de incentivar seu raciocínio crítico e analítico. 

Com base nas respostas obtidas através da mediação, o professor perceberá se o conteúdo foi assimilado e dependendo do resultado, poderá reavaliar seus métodos de ensino.

Para diminuir o tempo com preenchimento de tantos papéis, como as avaliações, frequências e plano de aulas, e ter tempo livre para preparar essas aulas, o uso de um diário on-line em tablets, smartphones ou notebooks, seria uma boa iniciativa para focar naquilo que realmente interessa: a aprendizagem.

4- Utilize indicadores para prever e evitar a reprovação

Com as notas lançadas no diário on-line, será possível visualizar o cálculo da média de cada aluno e prever aqueles que são candidatos à reprovação, em tempo real. 

Através do boletim escolar lançado pelo sistema i-Educar, você também poderá ter acesso a essa informação. Na medida em que os lançamentos das notas são feitos, o software já calcula a média, como por exemplo, o aluno possui nota no 1º e 2º bimestre, o boletim apresentará a média final considerando essas duas etapas, e vai alterando com os próximos lançamentos. Simples e fácil assim!

Essa possibilidade lhe permite atuar proativamente, através de aulas de reforço, avaliações e métodos diferenciados para esses alunos, evitando a reprovação no final do ano.

Avaliar os indicadores por escola e por ano, pode ser uma ótima opção para diagnosticar os maiores causadores do baixo rendimento e atuar diretamente neles. 

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5-  Atue na prevenção, com aulas de reforço diferenciadas

É certo que a reprovação impacta negativamente no rendimento do aluno. Ele se sente desmotivado a estudar mais, além de se sentir deslocado em uma sala de aula com idades diferentes da sua.

Atuar na prevenção continua sendo a melhor saída, você não acha? As aulas de reforço são uma excelente opção, se bem trabalhadas.

Como as turmas para essas aulas serão muito menores, é possível focar nas principais dificuldades desses alunos e testar métodos diferentes dos tradicionais.

Acompanhar o seu próprio ritmo, através de aulas mais leves e divertidas, aumentará a autoconfiança do aluno, impactará diretamente em seu rendimento na sala de aula regular e consequentemente, na diminuição da taxa de reprovação da sua escola.

No final das contas, todos acabam ganhando, não é mesmo?

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Conteúdo para educadoras(es)

Aqui no blog da Portábilis você encontra vários artigos sobre conceitos pedagógicos, competências e ideias para planos de aulas adaptados à BNCC e dicas importantes para gestoras(es) escolares e dirigentes municipais.

Confira alguns destaques:

 

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