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SCFV: como funciona o Serviço de Convivência e Fortalecimento dos Vínculos

O Serviço de Convivência e Fortalecimento dos Vínculos (SCFV) complementa o trabalho social com famílias ofertado pelo Serviço de Proteção e Atendimento Integral às Famílias (PAIF), e, pelo, Serviço de Proteção e Atendimento Especializado às Famílias e Indivíduos (PAEFI) da Proteção Social Básica do Sistema Único de Assistência Social (SUAS).

Foi, primeiramente, regulamentado pela Resolução do Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS) nº 109/2009, e, reordenado, anos depois, pela Resolução nº 01/2013.

Todas as ações do SCFV são planejadas com a finalidade de fortalecer os vínculos familiares e comunitários por meio de intervenções sociais, criando situações desafiadoras e estimulantes, orientando os usuários na reconstrução de suas histórias.

Por isso, realiza atendimentos em grupo, organizados conforme a idade dos usuários, ofertando atividades artísticas, culturais, de lazer e esportivas.

Para saber mais sobre o SCFV, continue lendo abaixo.

Quais os objetivos do SCFV?

De caráter preventivo, o SCFV, além de buscar fortalecer os vínculos familiares e comunitários, procura desenvolver capacidades nos usuários, gerando autonomia e protagonismo através da troca de experiências e integração entre os participantes do grupo.

De forma geral, os objetivos são:

  • Prevenir situações de risco social;
  • Fortalecer a convivência familiar e comunitária;  
  • Assegurar o direito à convivência familiar e comunitária;
  • Prevenir a institucionalização e a segregação de pessoas vulneráveis;
  • Promover acessos a benefícios e serviços socioassistenciais;
  • Fortalecer a rede de proteção social nos territórios;  
  • Promover acesso às demais políticas públicas, como Educação e Saúde;
  • Fazer com que os usuários reconheçam seus direitos e a importância de sua participação cidadã;
  • Possibilitar acesso à cultura, esporte, lazer e manifestações artísticas;
  • Propiciar trocas de experiências intergeracionais, fortalecendo o respeito e a empatia entre todos.

 

A quem se destina?

Os usuários que vivenciam as mais diversas situações de vulnerabilidade podem ser atendidos pelo SCFV, porém, algumas situações de risco social são prioritárias no atendimento.

O público prioritário do serviço são crianças, adolescentes e pessoas idosas:

  • Em situação de isolamento;  
  • Trabalho infantil;  
  • Vivência de violência e/ou negligência;
  • Fora da escola ou com defasagem escolar superior a dois anos;  
  • Em situação de acolhimento;  
  • Em cumprimento de medida socioeducativa em meio aberto;  
  • Egressos de medidas socioeducativas;  
  • Situação de abuso e/ou exploração sexual;  
  • Com medidas de proteção do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA);  
  • Crianças e adolescentes em situação de rua;  
  • Vulnerabilidade que diz respeito às pessoas com deficiência.
Fundo de Assistência Social: acesse o infográfico e entenda o que é e como seus recursos são distribuídos.

Como funciona?

Locais de oferta

Os encontros promovidos pelo SCFV acontecem em grupos de até 30 usuários. Podem ocorrer todos os dias, uma vez por semana ou a cada quinze dias.

O serviço pode ser ofertado no Centro de Referência da Assistência Social (CRAS), Centros de Convivência, ou em instituições inscritas no Conselho de Assistência Social e vinculadas à entidades de Assistência Social.

Forma de Acesso

O CRAS é o equipamento que encaminha os usuários para o SCFV. No caso de crianças e/ou adolescentes em situação de trabalho infantil, deve-se encaminhá-los ao SCFV, e suas famílias serão atendidas no Serviço de Proteção e Atendimento Especializado a Famílias e Indivíduos (PAEFI), serviço este executado no Centro de Referência Especializado em Assistência Social (CREAS).

Planejamento das ações/atividades

O planejamento das ações/atividades no SCFV é fundamental para uma intervenção social com qualidade. Para isso, é preciso:

  • Conhecer as especificidades dos grupos que serão trabalhados;
  • Mapear com clareza os objetivos;
  • Estabelecer os eixos orientadores (convivência social, direito de ser e participação), assim como os subeixos e os temas transversais;
  • Definir os temas e as técnicas que serão utilizadas nas atividades;
  • Estipular o tempo disponível para cada ação;
  • Definir como será feito o acompanhamento e a avaliação das ações.

 

É importante que o técnico de referência do CRAS participe da etapa de planejamento das atividades, pois dessa forma será possível garantir a articulação entre SCFV e PAIF, fazendo com que seja efetivo o trabalho do SCFV de complementar o trabalho social com as famílias.

Infográfico gratuito: Desenvolvimento sustentável da ONU - conheça os 17 objetivos do plano até 2030.

Possíveis atividades em grupos

Os usuários do SCFV são organizados em grupos e para cada um deles existem atividades que podem ser desenvolvidas conforme sugestões abaixo:

Crianças de até 6 anos

Teatro com fantoches, montagem de musicais, contação de histórias, visitas a equipamentos de cultura, oficinas de pintura e escultura, entre outras.

Crianças e adolescentes de 6 a 15 anos

Cinema como gerador de reflexões e debates, montagem de peças teatrais e musicais, gincanas, visitas a equipamentos de cultura, oficinas de pintura, escultura, música e dança, confecção artesanal de instrumentos musicais, entre outras.

Adolescentes de 15 a 17 anos

Oficinas de produção de texto, teatro, pintura, escultura e música, visitas a equipamentos de cultura, cinema como gerador de reflexões e debates, oficina de projetos sociais, educação ambiental e vocacionais, entre outras.

Jovens de 18 a 29 anos

Oficinas de produção de texto, teatro, pintura, escultura e música, visitas a equipamentos de cultura, cinema como gerador de reflexões e debates, oficina de projetos sociais, educação ambiental, vocacionais e de informática, entre outras.

Adultos de 30 a 59 anos

Oficinas de cidadania para obtenção de informações sobre acesso e violação a direitos e riscos sociais, oficinas de produção de texto, de contação de histórias e de oratória, oficinas de esporte, lazer, artísticas e culturais, cinema como gerador de reflexões e debates, entre outras.

Pessoas idosas

Oficinas de cidadania para obtenção de informações sobre acesso e violação a direitos, riscos sociais e violência contra a pessoa idosa, oficinas de esporte, lazer, artísticas e culturais, cinema como gerador de reflexões e debates, passeios e visitas a equipamentos de cultura, entre outras.

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