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Tecnologia nas escolas: como superar a falta de infraestrutura

A falta de infraestrutura é um dos maiores obstáculos para a modernização do ensino e introdução da tecnologia nas escolas. Diversos são os desafios para colocar o ensino brasileiro no século XXI, tornando-o mais atrativo para as gerações atuais e futuras.

Pensando nessa questão, resolvemos discutir os problemas estruturais e culturais que as escolas enfrentam na busca pela modernização e digitalização dos seus processos. Mas não se preocupe, gestor! Também apontaremos alguns caminhos para superar essas dificuldades e implementar uma verdadeira revolução tecnológica em sua escola.

Quer saber como? Acompanhe!

A modernização e o uso de tecnologia nas escolas

Segundo os dados da pesquisa realizada pelo Cetic.br — Centro Regional para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação, entidade mantida pela UNESCO — em 2015, 87% das escolas declararam já dispor de infraestrutura para conectividade à internet. No ano seguinte, o número de instituições conectadas ampliou-se para 92%.

Parece razoável, não é mesmo? No entanto, essa pesquisa também evidencia uma grande desproporção. Ainda que todas essas escolas tenham acesso a redes Wi-Fi, somente 10% delas afirmaram que o uso do sinal é livre para toda a comunidade escolar.

Em 2016, os percentuais sobre a utilização da rede Wi-Fi, foram:

  • 21% das escolas consultadas revelaram ter uso restrito, mas liberado aos alunos por senha;
  • 61% não liberam o acesso aos estudantes que não podem usar o recurso para estudos ou outras demandas educacionais.

 

Disponibilidade x Usos

A mesma pesquisa revelou que 98% das escolas públicas têm computadores de mesa, e 86% delas dispõem dos portáteis. Mas há um índice preocupante em relação ao uso dos laboratórios de informática e desses recursos computacionais de que a escola dispõe: 81% dessas instituições contam com esses laboratórios, mas apenas 59% fazem uso deles.

A Cetic também consultou professores e outros profissionais da educação acerca do que pensam sobre o uso de tecnologias nas escolas. Os resultados apontam, de maneira geral, para uma perspectiva positiva dos entrevistados:

  • 67% afirmaram ter contato com especialistas e professores de outras instituições por meio desses recursos tecnológicos digitais;
  • 77% encontram maior facilidade na comunicação com seus alunos;
  • 94% acreditam que têm agora acesso mais facilitado a materiais diversificados e de melhor qualidade;
  • 82% não têm acesso à internet dentro da sala de aula.

 

Já os diretores de escolas públicas consultados revelaram maior preocupação com o aumento na proporção de computadores disponíveis por aluno, e uma parcela menor desses gestores mostrou-se preocupada prioritariamente em desenvolver novas práticas educacionais que envolvam o uso da internet e do computador.

Essa informação revela que as questões de infraestrutura ainda são mais urgentes e representariam uma primeira e difícil etapa a ser superada para modernizar de fato o ensino público.

Então, como fazer?

A Portábilis percebeu todos esses problemas de implementar tecnologia nas escolas, e decidiu que criaria um aplicativo para que os professores pudessem fazer a chamada em sala de aula, mesmo sem internet. Clique aqui para saber mais!

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As perspectivas para a melhoria desse cenário

De maneira geral, já existem alguns que possibilitam o uso de tecnologia nas escolas brasileiras de forma educacional. No entanto, a infraestrutura básica necessária para isso não se restringe à quantidade de dispositivos (tablets, notebooks) por aluno. Ela também precisa englobar aspectos como:

  • cabeamento da rede de boa qualidade;
  • dispositivos de proteção contra panes de energia (nobreaks);
  • suporte de TI adequado das Secretarias de Educação etc.

 

Para isso, o Ministério da Educação (MEC) tem implementado iniciativas — como o Programa Nacional de Tecnologia Educacional (Proinfo) — que objetivam disponibilizar recursos de hardware e conteúdos educacionais digitais às escolas da rede pública.

Há também o projeto Um Computador por Aluno (UCA) que distribui tablets para os professores e netbooks para os alunos do ensino médio.

Essas iniciativas apontam para a direção certa, mas ainda são insuficientes para modernizar nossas escolas. Tanto a quantidade quanto a qualidade desses aparelhos e recursos distribuídos mostram-se deficitárias. Ainda faltam recursos para o investimento adequado em infraestrutura e suporte técnico para tudo funcionar como deveria.

Ampliando um pouco mais a discussão sobre tecnologia nas escolas, muito mais do que cabos, roteadores, mouses e laboratórios, é preciso que se invista na criação de um ecossistema para a conectividade nas escolas, conforme afirmam os especialistas.

A passagem do analógico para o digital — trocando retroprojetores e mimeógrafos e afins por internet das coisas, mobile, nuvem e redes — não é apenas tecnológica. Antes disso, ela é cultural.

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Aspectos basilares

Para Márcio Guerra Amorim, do Instituto de Educação Livre, essa revolução da tecnologia nas escolas depende de três aspectos basilares:

  1. a própria infraestrutura tecnológica;
  2. a criação de um ambiente escolar propício às mudanças;
  3. o protagonismo dos jovens.

 

Segundo ele, o grande desafio é viabilizar, por meio de uma infraestrutura funcional, uma cultura de conectividade das escolas públicas. É preciso que se coloque o ensino público em rede, no que se refere às multiplicidades de interconexões entre educadores, instituições públicas e estudantes.

Segundo o que foi discutido no fórum mundial Educação 360, essa é a trilha para uma “educação global” da qual o empreendedorismo e a inovação possam surgir efetivamente entre os alunos.

Esforços conjuntos

Para atingir esses objetivos, gestão escolar e corpo docente precisam trabalhar em perfeita sincronia. É preciso que partam da direção das escolas iniciativas para a qualificação dos professores, em relação ao preparo para o uso de abordagens com uso das mídias digitais e suas infinitas possibilidades, inclusive na superação de problemas de aprendizagem.

Por isso, é de suma importante investir em esforços conjuntos e planejados que garantam a compatibilidade do uso desses recursos pelo professor com a proposta pedagógica da escola.

Essas conquistas também precisam acontecer para que se atenda ao que apregoa a nova Base Comum Curricular para o Ensino Básico no Brasil. O documento dá bastante enfoque à urgência de atualizar a prática docente com linguagens atuais, como:

  • podcasts;
  • fanfics;
  • blogs;
  • vlogs;
  • memes etc.

 

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Planejamento estratégico

É preciso planejar as decisões mais adequadas sobre quais instrumentos tecnológicos devem ser utilizados naquele contexto. Por exemplo, pode-se deliberar no planejamento sobre o uso supervisionado de aparelhos dos próprios alunos (tablets, smartphones, notebooks, entre outros), em sala de aula.

Desde que seja para determinadas finalidades, como acompanhamento de algum conteúdo interativo proposto pelo professor. Assim, aplicativos educacionais podem também ser largamente utilizados na sala de aula.

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Conteúdo para educadoras(es)

Aqui no blog da Portábilis você encontra vários artigos sobre conceitos pedagógicos, competências e ideias para planos de aulas adaptados à BNCC e dicas importantes para gestoras(es) escolares e dirigentes municipais. Confira alguns destaques:

 

 

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