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Distorção idade-série: saiba como evitar com o uso de dados

A taxa de distorção idade-série na rede de ensino pública é quatro vezes maior do que o índice registrado no ensino básico da rede privada. Diante desse número, é preciso avaliar e atuar nas principais causas dessa distorção, contribuindo para o aumento da qualidade da educação no País.

De acordo com os dados do Censo Escolar de 2017 fornecidos pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira – Inep, o ensino médio no Brasil é detentor de uma taxa de 28,2% em distorção, enquanto que o ensino fundamental tem um índice de 18,1%.

O indicador é calculado avaliando o percentual de alunos que têm dois ou mais anos de idade acima do recomendado em determinada série ou ano escolar. 

Vale lembrar que a recomendação para os alunos frequentarem o ensino fundamental é dos seis aos quatorze anos de idade, e no ensino médio a idade ideal é dos 15 aos 17 anos, cronologicamente um ano para cada período.

Com base nos índices expostos acima, é possível compará-los com a taxa de distorção das escolas, séries/anos escolares e turmas do seu município, e buscar alternativas para diminuir cada vez mais esse percentual, contribuindo para a permanência do aluno na escola e na turma ideal para a sua idade.

É sobre o uso de dados como aliado da diminuição da distorção idade-série que falaremos adiante. Se quiser saber mais, nos acompanhe, pois lhe contaremos com mais detalhes ao longo deste texto.

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Registre os dados escolares em um sistema

O primeiro passo para ter acesso à análises mais profundas sobre os dados escolares é tirá-los do papel e registrá-los em um sistema de informação.

Inúmeras vantagens podem ser elencadas para a aquisição de tecnologia e o abandono definitivo da papelada. Além de obter análises de forma muito mais rápida e dinâmica, os professores se verão livres da burocracia dos papéis, o risco de perder os dados dos alunos reduzirá consideravelmente, e as escolas se tornarão ainda mais sustentáveis.

Sabemos que os recursos da educação para contratação de um sistema são escassos, e isso pode ser um impeditivo para o avanço do que propomos aqui. Por esse motivo é que indicamos a utilização de um software livre, como o i-Educar.

O grande benefício desse tipo de sistema é que a secretaria não ficará presa ao pagamento de licenças, podendo contratar o prestador de serviços que achar mais qualificado para implantação e suporte do software, o que fará com que reduza os custos substancialmente na hora de investir em inovação.

Logo após você ter acesso aos dados das escolas através da tecnologia, é hora de fazer as análises dos números para evitar e atuar nas causas do elevado índice de distorção idade-série.

Entenda logo abaixo, como você poderá atuar na diminuição da taxa.

Evite a distorção idade-série analisando os dados

Através do boletim escolar eletrônico ou do uso de um diário on-line, à medida que as notas e faltas são lançadas pelo professor é possível avaliar se o aluno tem predisposição para reprovação ou abandono da escola, o que contribuirá diretamente para o aumento da taxa de distorção idade-série.

O sistema calcula a média das notas no momento do lançamento das avaliações, e com isso é possível identificar os alunos com média abaixo do esperado, e buscar alternativas para evitar os altos índices de distorção.

Alguns exemplos de ações proativas são aulas de reforço, avaliações e métodos diferenciados, com o intuito de superar as principais dificuldades dos alunos com notas baixas e com grande número de faltas.

Essas medidas trarão maior motivação para que esses alunos permaneçam estudando, pois seus maiores obstáculos de aprendizagem serão solucionados e de forma muito mais focada nos conteúdos que lhe são complexos.

Avalie os principais focos do problema e atue nas causas

O ideal ao analisar um grande volume de dados é tentar abri-los o máximo possível para encontrar a verdadeira raiz do problema e atuar naquilo que faz com que o número se eleve, ou seja, nas causas da distorção.

Esse alerta serve para quando você for utilizar um relatório ou gráfico que contemple várias escolas, séries, anos escolares e turmas. Tente analisar o número de cada um deles de forma separada, ou pelo menos os comparando, mas sempre evitando a média de todos esses indicadores juntos.

A análise feita da maneira indicada acima impede, por exemplo, que uma escola seja responsabilizada pelo número alto de outra. Agindo por partes e de uma forma minuciosa, a atuação terá maior foco e com certeza irá gerar melhores resultados.

Para facilitar o entendimento, vamos a um exemplo prático.

Observe que no relatório mais abaixo, as colunas em azul são os alunos que estão com a idade correta para o ano cursado, e as que estão em branco representam a distorção idade/série ou ano escolar. 

No caso desse exemplo, todos os anos escolares merecem atenção, já que seus índices de distorção estão elevados, mas para iniciar uma ação e fazer um teste de forma imediata, poderia-se inicialmente trabalhar com o sexto ano, pois dentre os três anos escolares é o que possui o maior percentual de alunos com idade fora do esperado.

Ao realizar o teste, gerando resultados positivos através de ações como aulas de reforço, avaliações e métodos diferenciados, a multiplicação desse trabalho será muito mais assertiva e trará bons frutos para toda a comunidade escolar.

No momento em que a secretaria e as escolas começarem a atuar através da análise de dados, o aumento da aprendizagem e a melhora na qualidade de ensino serão entendidas como totalmente possíveis de ocorrer, pois as decisões acontecerão com base em informações factíveis, e as ações não serão mais executadas no escuro. Seria o mundo ideal, não é mesmo?

Caso queira contribuir ainda mais para a melhoria do ensino público no País, utilize relatórios e gráficos como esses apresentados aqui. A análise sobre distorção idade-série é apenas um exemplo dentre inúmeros outros que podem ser encontrados na solução i-Educar oferecida pela Portabilis Tecnologia.

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Indique o i-Educar

Com o i-Educar – sistema de gestão escolar para rede municipal – gestoras(es) escolares, a equipe da Secretaria de Educação do município e professoras(es) se beneficiam de uma gestão guiada por dados pedagógicos. 

As/os profissionais da educação ganham tempo em atividades burocráticas, como lançar notas, calcular médias e inserir a frequência nas aulas. Assim, sobra mais tempo para planejar aulas criativas e focar na aprendizagem.

Conteúdo para gestoras(es)

Aqui no blog da Portábilis você encontra vários artigos sobre conceitos pedagógicos, competências e ideias para planos de aulas adaptados à BNCC e dicas importantes para gestoras(es) escolares e dirigentes municipais.

Confira alguns destaques:

 

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