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Entenda o que é o PISA: Programa Internacional de Avaliação de Alunos

O Programa Internacional de Avaliação de Alunos (PISA) está entre as avaliações globais da educação mais reconhecidas. Suas provas, aplicadas no país desde 2000, produzem importantes indicadores para o ensino brasileiro.

A proposta do programa consiste em avaliar o desempenho de estudantes na faixa dos 15 anos de idade em três grandes áreas do conhecimento: leitura, matemática e ciências. O INEP (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Anísio Teixeira) é o responsável pela coordenação do programa em território nacional.

Continue a leitura e saiba mais sobre o processo avaliativo, sua função e como o Brasil se saiu na última edição.

O que são PISA e OCDE?

O PISA é referência em avaliação educacional no mundo. Desenvolvido e coordenado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), entidade que reúne 30 países, funciona como fórum de discussão das questões ligadas a desenvolvimento e aperfeiçoamento de políticas econômicas e sociais.

Além dos países membros, outros muitos participam da organização como convidados, o que resulta no engajamento de quase uma centena de nações. Nesse cenário, os resultados aferidos pelo PISA no Brasil são comparados com os dos outros países, produzindo um ranking de desempenho.

Qual é a função do PISA?

O objetivo é gerar indicadores que favoreçam a discussão e, consequentemente, a melhoria educacional do ensino básico nos países participantes. Para isso, o processo avaliativo busca averiguar até que ponto as escolas desses países estão capacitando os alunos para a cidadania.

Nesse sentido são investigados os saberes e habilidades para o cotidiano construídos pelos alunos de 15 anos e 2 meses e 16 anos e 3 meses — idades consideradas na data do teste — matriculados em um estabelecimento de ensino.

Dessa maneira, o que a OCDE pretende identificar não é apenas como os estudantes reproduzem seus conhecimentos, mas principalmente sua capacidade de empregar esses saberes dentro e fora do contexto escolar.

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O que o PISA avalia?

A avaliação do PISA é aplicada a cada três anos. Em cada edição uma das áreas do conhecimento é enfatizada, com a maior parte das questões aplicadas sendo direcionada a ela. Em 2015 a área enfatizada foi a de ciências.

Esse esquema, que alterna as três áreas do saber, promove uma análise aprofundada dos conhecimentos em que os alunos apresentam melhor desempenho, bem como aqueles nos quais demonstram pouco domínio.

Quais os conteúdos do PISA?

Os testes visam abranger variados aspectos dos resultados educacionais, procurando avaliar o chamado “letramento” nas áreas de estudo. O emprego do termo letramento, nesse caso, significa a totalidade dos saberes e habilidades analisados.

Isso posto, vale destacar que o PISA pretende levantar como os estudantes estão preparados em relação:

  • aos conteúdos e estruturas do conhecimento em cada área;
  • às competências para aplicação dos diferentes conhecimentos;
  • aos contextos em que cada conhecimento e competências vão ser aplicados.

Em leitura, o aluno é direcionado a interagir com textos de diferentes gêneros, incluindo documentos, como listas, diagramas, entre outros. Durante esse processo vão ser avaliadas:

  • compreensão dos enunciados;
  • interpretação dos textos;
  • capacidade de reflexão acerca dos conteúdos.

Para analisar o letramento matemático são aplicadas desde operações básicas até mais complexas, que demandam domínio sobre áreas como:

  • estimativa;
  • mudança e crescimento;
  • espaço e forma;
  • raciocínio quantitativo;
  • incerteza;
  • dependências;
  • relações, entre outras.

Em relação ao letramento científico, é verificada a utilização de alguns conceitos, além de outras habilidades, como:

  • reconhecer e explicar questões científicas;
  • empregar evidências;
  • concluir fatos com base científica;
  • comunicar adequadamente as conclusões obtidas.

Como o PISA influencia o ensino brasileiro?

Gestores do Brasil inteiro utilizam os resultados do PISA como parâmetro ao decidirem o rumo da educação nacional. O próprio Plano Nacional de Educação (PNE), Lei nº 13.005, em sua sétima meta contém a estratégia de melhorar o desempenho dos alunos da Educação Básica nas avaliações deste processo avaliativo.

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Qual foi o desempenho do Brasil no PISA 2015?

Em 2015 o PISA contou com a participação de 70 países — dentre os quais, 35 eram membros da OCDE. Os demais participantes são países denominados economias parceiras, voluntários do programa assim como o Brasil. Nessa mais recente edição, as provas foram aplicadas inteiramente em computadores, assim como os questionários contextuais que as complementam.

Quanto à duração, os estudantes tiveram duas horas para responder às questões das três áreas do conhecimento. Em termos numéricos, o PISA 2015 contou com 841 unidades educacionais, 23.141 discentes e 8.287 docentes.

Com relação aos questionários, apresentaram questões sobre o contexto socioeconômico e educacional dos estudantes, bem como sobre seu nível de engajamento com determinadas áreas — a exemplo de ciências. O uso das tecnologias digitais, em ambiente escolar ou não, também foi alvo da pesquisa.

Diretores e professores responderam a questões sobre suas escolas, além de outras relacionadas à qualificação, desenvolvimento profissional, práticas educacionais, aspectos pedagógicos e gestão escolar.

O desempenho dos estudantes brasileiros nas avaliações do PISA foi apresentado em 06 dezembro de 2016, durante o Seminário do PISA 2015, que teve lugar no Inep, na capital federal.

A média nacional dos estudantes na área de foco, Ciências, foi 401 pontos, o que posiciona os brasileiros cerca de 100 pontos atrás da média dos países da OCDE. Essa pontuação traduz-se em um conhecimento tido como básico na área de conhecimento avaliada.

Em leitura, os alunos das escolas nacionais obtiveram média de 407 pontos, o que os coloca no nível 2, considerado baixo, da tabela que gradua os níveis em que se divide a avaliação. Na área da matemática, a pontuação média dos estudantes foi de 377 pontos, tida como bastante preocupante.

Com essas notas, o Brasil colocou-se nas seguintes posições no ranking do PISA:

  • ciências — 63ª posição;
  • leitura — 59ª posição;
  • matemática — 66ª posição.

Esses números do Programa Internacional de Avaliação de Alunos foram formados a partir da avaliação de escolas públicas e particulares. Comparados aos índices da mesma avaliação, feita em 2012, o desempenho dos estudantes brasileiros em ciências e leitura mostrou estar praticamente estagnado. Já em matemática os resultados da prova revelaram diminuição na nota.

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