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ODS para a Educação: a tecnologia e a meta 4.5
Para atingir as metas criadas para cada Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) são necessárias ações estratégicas, bem estruturadas e que se adaptam à realidade local.
A educação é um dos pontos-chave dos ODS estabelecidos na Agenda 2030, e, por isso, tornou-se o objetivo número 4, dentre outros dezesseis do plano de ação criado em 2015, na sede da Organização das Nações Unidas (ONU), por diversos líderes mundiais.
Dentro de cada objetivo planejado, existem inúmeras metas para que o propósito seja alcançado. E com a maior qualidade possível.
Foram estipuladas 10 metas ambiciosas para assegurar uma boa educação através da inclusão e da equitatividade, promovendo oportunidades de aprendizagem para todos.
Neste texto, falaremos especificamente da meta 4.5, das estratégias indicadas na Declaração de Incheon e no Marco de Ação para atingi-la, e, por último, recomendaremos alguns softwares para auxiliar nesse processo.
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Meta 4.5 e as estratégias indicativas
Dentre as 10 metas do objetivo relacionado à educação, a quinta refere-se à eliminação das desigualdades educacionais, procurando garantir o acesso, permanência e aprendizagem dos alunos nas escolas, com atenção especial aos que são excluídos ou encontram-se em situação de vulnerabilidade e risco social.
A erradicação da pobreza é uma prioridade, pois é a maior barreira à inclusão escolar em todos os níveis e regiões. Os grupos que necessitam de estratégias especiais são as minorias étnicas, os pobres, a população indígena e as pessoas com deficiência.
Em relação à igualdade de gênero, são necessárias medidas para eliminar a violência e garantir segurança pessoal de meninas e mulheres nas instituições e no percurso até elas. Além de criar oportunidades iguais e educação de qualidade para todos os meninos e meninas, mulheres e homens.
Confira abaixo, o que diz a meta:
“4.5 Até 2030, eliminar as disparidades de gênero na educação e garantir a igualdade de acesso a todos os níveis de educação e formação profissional para os mais vulneráveis, incluindo as pessoas com deficiência, os povos indígenas e as crianças em situação de vulnerabilidade”. Fonte: Plataforma Agenda 2030
Aqui, você pode conferir as demais metas do ODS 4:
Perceba que, para atingir o objetivo de uma educação de qualidade, todos os âmbitos que permeiam a aprendizagem foram pensados. Tanto cognitivo, socioemocional, quanto comportamental.
A busca por capacitar e empoderar os indivíduos é predominante, principalmente quando falamos na ampliação de oportunidades às pessoas mais vulneráveis.
Uma dúvida que pode surgir é de que forma as metas podem ser atingidas e se existem diretrizes para as redes de ensino começarem a agir e contribuir para o alcance do objetivo.
O Marco de Ação foi elaborado com o intuito de esclarecer e nortear a implementação dessas ações. Falaremos sobre a indicação de estratégias relacionadas à meta 4.5 adiante.
Estratégias indicativas
Em maio de 2015, ocorreu o Fórum Mundial de Educação (FME) em Incheon, na Coreia do Sul.
Na ocasião, participantes de mais de 160 países adotaram a Declaração de Incheon. O documento constitui, dentre outras coisas, o compromisso da comunidade educacional com a Agenda 2030, estabelecendo uma nova visão de ensino para os próximos 15 anos.
Da mesma forma, o Marco de Ação foi discutido no FME e seus pontos básicos acordados na Declaração de Incheon. Durante um encontro na UNESCO, em novembro de 2015, foi finalmente finalizado.
O Marco de Ação traduz e propõe na prática formas de implementar, financiar e monitorar as ações para o cumprimento das metas da Agenda 2030. Sugere estratégias para o desenvolvimento de planos, levando em consideração as realidades locais.
As estratégias indicadas através do documento para alcançar a meta 4.5 podem ser resumidas da seguinte forma:
- Desenvolver estratégias focadas nos grupos vulneráveis e excluídos e disponibilizar indicadores para medir o progresso da igualdade;
- Garantir políticas e planejamento orçamentário que respondam às necessidades educacionais das pessoas afetadas por desastres e/ou conflitos;
- Aprimorar o acesso de meninas e mulheres à educação de qualidade e criar estratégias para contextos em que os meninos estejam em desvantagem educacional;
- Eliminar as barreiras que excluem crianças e jovens vulneráveis das escolas;
- Garantir instalações escolares seguras, prever riscos e obter preparação para gerenciar possíveis desastres nas escolas;
- Facilitar a aprendizagem em casa, principalmente para crianças e jovens vulneráveis, oferecendo tecnologias adequadas para os estudos;
- Revisar planos, orçamentos, currículos, materiais didáticos e formação de professores para que promovam a equidade, a não discriminação e os direitos humanos;
- Facilitar o monitoramento da exclusão social na educação através de fontes de dados e sistemas diversificados;
- Obter dados de qualidade sobre crianças com deficiência, de modo a informar e contribuir para o aperfeiçoamento de programas e políticas voltados a essas crianças.
Como a tecnologia pode contribuir com a meta?
No Brasil, segundo dados de 2015 da UNICEF, são 2,8 milhões de crianças e adolescentes fora da escola. Desses, 53% vivem em domicílios com renda per capita de até ½ salário mínimo.
São meninos e meninas das camadas mais vulneráveis da população, que além de terem um acesso desigual à educação em todos os níveis, estão diante de um agravamento de outros fatores de exclusão, como as lacunas de gênero.
Para eliminar as barreiras que excluem crianças e jovens vulneráveis das escolas é necessário repensar políticas públicas com o auxílio de sistemas e dados confiáveis. E, por meio da intersetorialidade, integrar informações de áreas como: Educação, Assistência Social e Saúde.
É fundamental que as escolas conheçam os territórios com maiores incidências de vulnerabilidades sociais e ajam preventivamente e em conjunto com os conselheiros tutelares e assistentes sociais, para que não ocorra o abandono e/ou a evasão escolar.
Compreender a realidade dos alunos e adaptar o currículo para atender suas necessidades é um importante passo para garantir a igualdade no acesso, permanência e aprendizagem, eliminar as disparidades de gênero e fazer com que todas as crianças e adolescentes tenham sucesso na educação.
A meta 4.5 surge para eliminar ou pelo menos diminuir as desigualdades educacionais, focando em estratégias voltadas às pessoas mais vulneráveis, garantindo assim, o desenvolvimento sustentável de todas as meninas, mulheres, meninos e homens, independente da etnia, classe social, gênero ou deficiência.
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